João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) é um dos mais importantes poetas da literatura brasileira, conhecido por seu estilo único, que combina uma racionalidade calculada com uma profunda reflexão social. Nascido em Recife, em uma família da elite açucareira, João Cabral teve uma infância marcada pelas paisagens dos engenhos de açúcar. Seu primeiro livro, “A pedra do sono”, publicado em 1942, já antecipava sua abordagem inovadora à poesia, que se distanciava da simples expressão emocional. Em sua trajetória, destacou-se não apenas como poeta, mas também como diplomata, experiência que ampliou sua visão de mundo e influenciou profundamente sua obra literária. Entre suas principais criações estão “Morte e vida severina” (1955), “O cão sem plumas” (1950) e “O rio” (1954), que revelam suas preocupações com a miséria e a injustiça social.

Reconhecido como um dos representantes da Geração de 45, Cabral desafiou as normas estabelecidas na poesia, defendendo que esta deve ser entendida como uma construção artística e não como uma mera manifestação de sentimentos. Sua influência se estendeu a gerações posteriores, impactando vanguardas poéticas e a arte engajada do Brasil dos anos 1960. O reconhecimento de sua obra culminou com sua entrada na Academia Brasileira de Letras em 1968. Apesar dos desafios pessoais, incluindo uma cegueira progressiva e depressão, a singularidade e a profundidade de seu trabalho continuam a encantar leitores e inspirar novas reflexões sobre a poesia e a sociedade. Para aqueles que se deixaram tocar por suas frases marcantes, descobrir a vida e a obra de João Cabral de Melo Neto é um convite a uma jornada poética rica e reveladora.

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“Então, o caráter do fogo nela também se advinha: mesmo gosto dos extremos, de natureza faminta […]”

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto, coleção melhores poemas, seleção Antonio Carlos Secchin, p 187

“O papel nem sempre é branco como a primeira manhã.”

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto, coleção melhores poemas, seleção Antonio Carlos Secchin, p 23

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