O controverso autor chinês Mo Yan, nascido como Guan Moye em 17 de fevereiro de 1955, na província de Shandong, é um dos mais renomados escritores orientais contemporâneos e primeiro de seu país a ser laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, vivendo em solo Chinês e em liberdade. Seu pseudônimo, que significa “não falar”, contrasta com a profundidade e a riqueza de sua obra literária, que explora a complexidade da vida na China com os contrastes da vida rural e cosmopolita, por meio de uma combinação única de realismo sardônico, folclore e crítica social. Apesar das críticas que ele faz em seus romances, entre eles, Mudança, parece que o autor prefere deixar que sua obra fale e não ele e se recusa a se posicionar, em entrevistas, por exemplo, sobre questões políticas de seu país, sendo severamente criticado por alguns de seus pares chineses. A obra de Mo Yan é versátil, indo do romance histórico Red Sorghum: a Novel of China (que inspirou o filme “Sorgo Vermelho” à sátira de “Fengru Feitun” (“Peitos grandes e quadris largos”, em livre tradução). Seu estilo é caracterizado por uma prosa vívida e detalhista, que transporta os leitores para paisagens ricas e vibrantes, repletas de personagens complexos.
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