Crônica

Ah… a crônica! Muito se fala sobre este gênero, mas o que define uma crônica? Bom, a palavra crônica vem do grego, khrònos, que significa tempo e tempo é algo determinante neste gênero. Segundo Maria Luiza M. Abaurre (2015), este é um gênero discursivo, construído a partir de fatos do cotidiano e de observações do autor que manifesta em palavras sua perspectiva subjetiva, oferecendo uma interpretação que revela ao leitor algo que está por trás das aparências ou não é percebido pelo senso comum. Muito frequente no jornalismo, textos deste gênero têm a intenção de mostrar as minúcias que acontecem na vida diária e passam despercebidas à maioria das pessoas. Uma boa mistura entre o factual e a ficção. Para vocês, uma seleção de frases do cotidiano, diretamente saída do mundo das crônicas.

“A palavra é prata o silêncio é ouro.”

adágio oriental

Crônicas escolhidas - Machado de Assis, org. John Gledson, p 59

“A rua é a eterna imagem da ingenuidade.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 4

“Ninguém ignora que o pouco com alegria vale mais do que o muito com desonra.”

Machado de Assis

Crônicas escolhidas - Machado de Assis, org. John Gledson, p 58

“Oh! sim, a rua faz o indivíduo, nós bem o sentimos.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 13

“Sou zero itinerância, e o sofá é meu pastor.”

Maria Ribeiro

Trinta e oito e meio, p 10

“Flanar é a distinção de perambular com inteligência.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 5

“Há pessoas cujas as ideias nascem da vassoura.”

Rubem Alves

O amor que acende a lua, p 21

“A rua resume para o animal civilizado todo o conforto humano.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 4

“A rua é a civilização da estrada.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 11

“Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia.”

João do Rio

A alma encantadora das ruas, p 1

“Aquele era um lugar de profundo silêncio e sombras meditativas, e os deuses que ali viviam não tinham nomes.”

George R.R. Martin

A guerra dos tronos - As crônicas de gelo e fogo - livro 1, p 32

“A neve cai em silêncio, enchendo os buracos, nivelando as asperezas das coisas.”

Miguel de Unamuno

O amor que acende a lua, de Rubem Alves, p 5

“Não sei quando será, mas não deve demorar.”

Luis Fernando Verissimo

Ironias do tempo, p 14

“A covardia acusa uma vergonha convulsiva.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, p 17

“Via de regra, só o heroísmo é afirmativo, é descarado.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, p 17

“E não era uma pane individual: — era um afogamento coletivo.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, p 29

“O medo é um grande e eficaz nivelador”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, p 22

“Falei em craque, mas, em tempo, retifico: — era um perna-de-pau.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 24

“Futebol que se caracteriza por uma implacável honestidade.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 45/46

“A vida dos homens e dos times depende, às vezes, de episódios quase imperceptíveis.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 36

“Eis o fato: — a partida foi um show pessoal e intransferível.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 15

“Nos primeiros trinta minutos, houve tudo, rigorosamente tudo, menos futebol.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 16

“[…] o futebol antigo. Era, a meu ver, um fenômeno vital muito mais rico, complexo e intrincado.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 18

“Hoje, os jogadores, os juizes e os bandeirinhas se parecem entre si como soldadinhos de chumbo.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 18

“Só o juiz de futebol lava as mãos diante do irresponsável furor coletivo.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 23

“Eis a verdade: — o que sustenta, o que nutre, o que dinamiza o futebol é a vaidade.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 26

“Ninguém é modesto no futebol.”

Nelson Rodrigues

À sombra das chuteiras imortais, por Ruy Castro, p 26

“Estou feliz, porque a felicidade só é grande quando a gente pode dividi-la com muita gente.”

Joãozinho Trinta

Nada, não e outras crônicas, de Marceu Vieira, p 42

“Nada, não … a expressão quer dizer tudo o que não diz.”

Marceu Vieira

Nada, não e outras crônicas, p 21

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